Delegados de Santa Maria e região lamentam morte do colega José Antônio Taschetto Mota; Associação publica nota de pesar

Autor: Colaborou: Mateus Ferreira

Delegados de Santa Maria e região lamentam morte do colega José Antônio Taschetto Mota; Associação publica nota de pesar

Foto: Polícia Civil (Reprodução)

Delegados da Polícia Civil de Santa Maria e região manifestaram pesar pela morte do colega José Antônio Taschetto Mota, 50 anos, ocorrida na madrugada desta quinta-feira (7), em Cachoeira do Sul. Natural de São Leopoldo, Mota estava afastado das funções e ocupava o cargo de titular da 20ª Delegacia Regional de Polícia do Interior (20ª DRPI). A Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul (Asdep), por meio de nota, também lamentou o fato.


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O delegado regional Sandro Meinerz destacou a seriedade e a postura ética de Mota ao longo da carreira. Também prestaram homenagens as delegadas Carla Dolores Castro de Almeida, Débora Dias e Elizabete Shimomura, que ressaltaram o profissionalismo e a contribuição do colega à segurança pública do Estado.


Meinerz contou que Mota foi seu colega ainda na Academia de Polícia (Acadepol) e, depois, chegaram a dividir apartamento juntos, no início de suas jornadas policiais: 

"O Mota era uma pessoa íntegra, com comprometimento grande pelo trabalho policial, focado no serviço e na defesa da sociedade, além do bom nome da instituição. Muito cauteloso na confecção dos inquéritos, era um delegado regional como eu. Sem dúvidas nenhuma, é uma grande perda. Compartilhávamos trabalhos e gestões estratégicas para melhorar a Polícia Civil. Ficamos na mesma sala na época da Academia e também dividimos apartamento durante um período. Era um amigo muito querido."


Débora Dias, titular daDelegacia De Proteção ao Idoso e Combate à Intolerância (DPCOI), conta que conheceu Mota ainda na Academia de Polícia (Acadepol) e reforça que fará falta tanto para a área policial quanto para familiares e amigos:

"O Mota, como o chamávamos, foi meu colega de concurso, nos conhecemos na Acadepol, era um grande colega, proativo, interessado, raciocínio rápido, sempre rindo, alegre. Foi um amigo. Vai fazer falta, com certeza, para Polícia Civil, mas muito mais para os familiares e amigos, já que a sua partida foi tão precoce. Ficam as boas lembranças e risadas do coleguismo e amizade que tivemos. Dia triste."


Já a titular da Delegacia de São Sepé, Carla Dolores Castro de Almeida, conta que conhecia Mota há muito tempo e que, além de um colega, era um amigo. 

"Assim como titular de São Sepé, também atuei como substituta em delegacias da 20º região, onde ele era o delegado regional. Atualmente, estou substituindo na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Cachoeira. Ele era um profissional brilhante, cuidadoso com o trabalho e proativo. A regional de Cachoeira sempre esteve bem organizada e com uma investigação de ponta. Isso diz muito da chefia dele. Também perco um colega muito querido por todos que trabalharam com ele."


Elizabete Shimomura, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), conheceu Mota por meio da atuação também como substituta na região de Cachoeira. Suas lembranças são de um bom colega e uma pessoa cordial: 
"Ele foi meu Regional quando atuei como delegada substituta em algumas Delegacias de Polícia da Região de Cachoeira do Sul, ele sempre foi cordial e bom colega!"


Em nota, a Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul (Asdep) lamentou a morte de Mota.

"Em nome dos Delegados de Polícia do RS, a Diretoria e demais associados da ASDEP enviam sentimentos de pêsames aos familiares, colegas e amigos do falecido, desejando-lhes muita força e luz neste momento tão difícil", diz o texto.


Quem era o delegado

Mota tinha 50 anos e estava internado no Hospital de Caridade e Beneficência (HCB), em Cachoeira do Sul, tratando complicações cardíacas. Ele havia sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e estava afastado das funções havia alguns meses.

Natural de São Leopoldo, Mota iniciou sua trajetória na Polícia Civil em 2003, justamente em Cachoeira do Sul, onde atuou na então 2ª Delegacia de Polícia da zona norte. Ao longo dos anos, construiu uma carreira sólida até assumir a chefia da 20ª Delegacia Regional de Polícia do Interior (20ª DRPI), em Cachoeira do Sul, cargo que ocupava até seu afastamento por questões de saúde.

Filho de delegado, seguiu a carreira inspirado no pai, José Antônio, já falecido. Ao longo de duas décadas de atuação, destacou-se em operações contra o tráfico de drogas, prisões em flagrante e apreensões de entorpecentes, como ecstasy. Também comandou investigações de grande repercussão, como o homicídio do professor Érico da Luz Ribeiro.

José Antônio Taschetto Mota deixa a esposa e dois filhos. Segundo a nota da Funerária Madre Teresa, não haverá velório. O corpo deve ser cremado ainda nesta quinta-feira, no Crematório Santa Rita, em Santa Maria.


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